terça-feira, 16 de outubro de 2012

Protógenes Queiroz



Protógenes Pinheiro Queiroz (Salvador, 20 de maio de 1959), é delegado licenciado da Polícia Federal do Brasil. Em 2010 foi eleito deputado federal pelo estado de São Paulo.

Protógenes Queiroz recebeu seu nome como uma homenagem ao Almirante Protógenes Pereira Guimarães, ex-ministro da Marinha da Era Vargas e ex-Governador do Rio de Janeiro. Formado em Direito, advogou e foi Procurador-Geral do município fluminense de São Gonçalo. Admitido como Delegado na Polícia Federal em 1998, foi lotado inicialmente no Acre e desde então participou de várias investigações de grande impacto na mídia como:

- O caso Corinthians/MSI por evasão de divisas e lavagem de dinheiro,
- As fraudes da arbitragem do Campeonato Brasileiro de Futebol em 2005,
- Remessas ilegais de dinheiro para paraísos fiscais, desviadas da Prefeitura de São Paulo pelos o ex-prefeitos Celso Pitta e Paulo Maluf.
- Operação que prendeu o comerciante Law King Chong, o maior contrabandista do Brasil. King Chong estava disposto a pagar 1,5 milhão de dólares ao presidente da CPI, deputado Luiz Antônio Medeiros (PL-SP) para obter favores, mas suas conversas foram registradas.

No dia 7 de Setembro de 2009, durante as comemorações da Independência do Brasil, Protógenes anunciou sua filiação ao Partido Comunista do Brasil. Em vídeo divulgado pelo partido na internet ele afirma que escolheu o PCdoB porque o partido tinha um grande histórico de luta pelo povo brasileiro, além de ser um partido com profundos ideais éticos.
Em 2010, foi eleito deputado federal pelo estado de São Paulo obtendo 94.906 votos válidos, número inferior ao quociente eleitoral do Estado, mas devido à grande votação do humorista Tiririca do PR, partido de sua coligação, conseguiu se eleger. Tomou posse no dia 1° de fevereiro de 2011.


Operação Satiagraha

Protógenes ficou conhecido nacionalmente durante o comando da Operação Satiagraha, desde seu início até o dia 14 de julho de 2008. Por meio dessa operação, investigou desvios de verbas públicas, crimes contra o sistema financeiro, corrupção e lavagem de dinheiro. Resultou na prisão, determinada pela 6.ª Vara da Justiça Federal em São Paulo, de vários banqueiros, diretores de banco e investidores, em 8 de julho de 2008, entre os quais Daniel Dantas, do Opportunity, além do ex-prefeito Celso Pitta e do investidor Naji Nahas.
Apesar da projeção nacional, Protógenes foi afastado da investigação e acabou virando alvo de um inquérito da Polícia Federal que investiga desvios durante a operação. Entre os problemas da investigação estaria a utilização irregular de agentes da Agência Brasileira de Inteligência. Também há suspeita de Protógenes ter espionado, ilegalmente, autoridades dos três Poderes.


CPI da Privataria Tucana

Requerida pelo Deputado Federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Privataria Tucana foi pedida com base nas provas apresentadas pelo livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que investigou irregularidades no processo de privatizações conduzido por governos do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira).
Para a criação da CPI foram coletadas 206 assinaturas no Congresso Nacional no ano de 2011, mas até abril de 2012 a instalação da comissão não havia sido anunciada.

CPI do Cachoeira
Requerida originalmente pelo Deputado Federal Protógenes Queiroz (PCdoB- SP), no dia 20 de março de 2012,a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira tem como objetivo investigar os negócios ilegais envolvendo parlamentares com o empresário goiano Carlos Cachoeira, vulgo “Carlinhos Cachoeira”. Em abril de 2012, foi criada a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito CPI, integrada por membros da Câmara dos Deputados e Senado Federal, com o mesmo objetivo.
Durante a Operação Monte Carlo, diversos documentos apreendidos e monitoramento telefônico, com autorização judicial, mostraram o envolvimento do bicheiro Carlinhos Cachoeira com diversos políticos, principalmente com o ex-senador Demóstenes Torres (DEM-GO), cujo mandato foi cassado pelo plenário do Senado Federal em 11 de julho de 2012.

Operação Monte Carlo
Durante a Operação Monte Carlo, foram interceptadas pelo menos seis conversas consideradas suspeitas entre Protógenes e Idalberto Marias Araújo, o Dadá, sargento aposentado daaeronáutica envolvido em esquemas do bicheiro Carlinhos Cachoeira.[4] Nas conversas, feitas para o celular do deputado, Protógenes orienta Dadá a como dificultar as investigações abertas pela corregedoria da Polícia Federal para apurar desvios durante a operação Satiagraha. À época da operação, Dadá prestou serviços como araponga a Protógenes, então chefe da operação que prendeu Daniel Dantas.
Pouco antes dessas revelações, feitas pelo jornal O Estado de São Paulo, Protógenes requereu instauração de comissão parlamentar de inquérito a fim de apurar denúncias contra Demóstenes Torres envolvendo Cachoeira e Dadá.

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