Heloísa Helena Lima de Moraes Carvalho (Pão de Açúcar, 6 de junho de 1962) é uma
enfermeira, professora e política brasileira. Atualmente exercendo mandato de
vereadora por Maceió, capital do Estado do Alagoas.
Carreira política
Heloísa é ligada, desde muito
jovem, aos movimentos sociais. Durante a década de 1990, participou no PT em
Maceió, de ações que visavam à defesa de minorias e segmentos sociais menos
favorecidos.
Candidata pela primeira vez em
1992, se elegeu vice-prefeita de Maceió na chapa do então governador Ronaldo
Lessa (PSB). Dois anos depois, foi eleita deputada estadual, a primeira pelo PT
em Alagoas.
Em 1996 rompeu com Lessa ao
candidatar-se à Prefeitura de Maceió contra a então secretária da saúde do
município, Kátia Born (PSB), que acabou eleita. Mesmo liderando as pesquisas
desde o início do processo eleitoral, foi derrotada no segundo turno.
Formada em Enfermagem, é professora
de Epidemiologia da UFAL (cargo do qual se licenciou por 14 anos, sem
remuneração, para dedicar-se a funções políticas). Em março de 2007, após o
término do seu mandato no Senado, reassumiu a função.
Senado
Aos 4 dias do mês de outubro de
1998 a candidata Heloísa Helena, então do PT, é eleita com 374.931 votos
nominais ou seja, (22,537 % dos votos válidos), a primeira senadora mulher da
República Federativa do Brasil em 1998 por seu estado natal, a assumir em 1º de
janeiro de 1999. Heloísa derrotou e sucedeu o então senador de Alagoas Guilherme
Palmeira do extinto PFL que obteve apenas 247.352 votos nominais, (14,868 % dos
votos válidos).
Em julho de 2002, Heloísa se
recusou a ter como vice um político do PL. Em protesto, acabou renunciando à
candidatura ao governo de Alagoas. "O PL em Alagoas é formado por
'colloridos', moleques de usineiros e indiciados na CPI do Narcotráfico",
declarou Heloísa Helena. De acordo com o campo majoritário do PT Nacional, foi
em dezembro de 2003, após a vitória de Lula, que os protestos de Heloísa Helena
adquiriram o tom de desobediência. Na ocasião, a então senadora se recusou a
aprovar o nome de Henrique Meirelles para a presidência do Banco Central já que
o PT prometia tomar outros rumos com relação a economia.
No Senado, além da postura radical,
chamou atenção pelo seu figurino: calça jeans e camiseta branca, contrastando
com a sisudez habitual da Casa. Na posse do presidente, um de seus últimos
momentos de confraternização com a bancada, foi elogiada pelos colegas ao
aparecer de vestido vermelho. Formou um grupo dissidente de esquerda às ações
do Governo Lula, junto a outros parlamentares desta legenda (como os deputados
Babá e Luciana Genro) que por não concordarem com as decisões ditas
"neoliberais" do setor econômico do PT, passaram a votar contra as determinações
do partido.
Saída do Partido dos Trabalhadores
Heloísa e demais militantes foram
expulsos do PT em 14 de dezembro de 2003.
Tendo lutado veementemente contra a
decisão do PT, a senadora teve ao seu lado a defesa do também senador Eduardo
Suplicy. Após o fato, declarou:
"Eu não vou ficar chorando
abraçada à bandeira do partido a que eu dediquei os melhores anos de minha vida
para construir e que hoje comodamente me expulsa"
Heloísa Helena e outros ativistas
políticos, juvenis, sindicais e populares, fundaram o Partido Socialismo e
Liberdade (PSOL).
O novo partido ganhou novas adesões
em setembro de 2005. Isso foi causado, principalmente, pela crise política
causada pelas denúncias de um esquema de pagamento a congressistas para votarem
de acordo com os interesses do executivo (o escândalo do mensalão). Algumas
centenas de militantes petistas de movimentos sociais e mais os deputados
federais Ivan Valente e Orlando Fantazzini (SP), Maninha (DF), Chico Alencar (RJ)
e João Alfredo (CE), ingressaram no PSOL.
Heloísa Helena daí converteu-se de
uma apoiadora a uma crítica ao governo do PT, sobretudo diante das muitas
denúncias de corrupção e desvios de verbas públicas, integrando as Comissões
Parlamentares de Inquérito (CPIs) formadas. Em novembro de 2005, Heloísa Helena
foi eleita pela revista Forbes Brasil como a mulher mais influente na política
e no legislativo brasileiro. Um mês depois, a revista Isto É Gente a elegeu
como Personalidade do Ano.
Em recente discurso na Câmara
Municipal de Maceió, Heloísa Helena enfatizou que o PT frustrou as expectativas
dos socialistas brasileiros, pois, há nove anos a legenda petista está no poder
mas, não transformou o Brasil em uma Nação socialista. Heloísa também denunciou
que o País vive a triste estimativa de dezesseis milhões de brasileiros vivendo
em situação de pobreza extrema.
Heloísa também criticou a decisão
do STF de jogar para 2012 a aplicação da Lei da Ficha Limpa.
Eleições presidenciais de 2006
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Heloísa é a 3ª mulher que recebeu
mais votos em uma campanha rumo à presidência do Brasil, atrás apenas de Marina
Silva e Dilma Rousseff em 2010.
Durante a candidatura de Heloísa
Helena, o partido obteve o apoio de personalidades como o cartunista Ziraldo
(criador do slogan e do símbolo do partido). A candidatura foi apoiada também
por um grupo de mais de 250 intelectuais do mundo inteiro, entre os quais o
linguista estadunidense Noam Chomsky, o sociólogo franco-brasileiro Michael
Löwy, o cineasta britânico Ken Loach e o filósofo esloveno Slavoj Zizek.
Resultado das eleições 2006
Heloísa Helena terminou as eleições
presidenciais de 2006 em terceiro lugar. Obteve 6,5 milhões de votos (6,85% do
total), ficando a frente de Cristovam Buarque, candidato do tradicional Partido
Democrático Trabalhista (PDT). Ao término de seu mandato como senadora,
reassumiu profissão como professora de enfermagem na UFAL até ser eleita
vereadora de Maceió dois anos mais tarde..
Eleições 2008
Tendo obtido 6.575.393 votos na
disputa presidencial de 2006, Heloísa Helena recomeçou a carreira política aos
46 anos candidatando-se à vereança de Maceió fazendo campanha nas ruas. Heloísa
foi a vereadora mais votada de Maceió, com 29.516 votos (7,40% dos válidos).
A parlamentar presidiu a 1ª sessão
da Câmara Municipal de Maceió em 2009, por ter sido a candidata mais votada. No
2° ano de seu mandato, tem atuado contra a corrupçãoe a favor de mais
investimentos tanto na educação como na saúde de Maceió.
Eleições 2010
Pré-candidata à presidência da República
Em 2010, Heloísa Helena não se
candidatou à presidência para tentar reconquistar sua cadeira no Senado. De
acordo com pesquisa divulgada pela CNT/Sensus, Heloísa chegou a liderar a
corrida rumo à presidência da República para 2010.
Especulações de apoio à Marina Silva
Quando a ex-ministra do meio
ambiente do Governo Lula, Marina Silva, lançou-se candidata, houve especulação
na mídia de que Heloísa poderia abandonar sua candidatura à presidência para
formar uma coalizão com a verde. Conforme esta possibilidade era noticiada, os
afiliados ligados a Heloísa Helena lançaram a pré-candidatura de Martiniano
Cavalcante à presidência da República. Pondo fim às especulações de apoio ao
PV. Analistas da cena política indicaram que um possível apoio à Marina,
tiraria de Heloísa a pesada imagem de radical atribuída a ex-senadora pela
imprensa. Na III Conferência Eleitoral do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio foi
escolhido o candidato do partido à presidência. Assim sendo, Plínio de Arruda
Sampaio foi o candidato presidencial do PSOL.
Perseguições políticas na pré-candidatura
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Os ministros do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) liberaram, por unanimidade, a candidatura de Heloísa Helena,
que concorria a uma vaga no Senado por Alagoas. O candidato adversário afirmou
que a ex-senadora teria sido condenada por omissão, sonegação e ocultação de
rendimentos à Receita Federal, na época em que era deputada estadual. A
candidata negou as acusações e desqualificou a impugnação.
No início de agosto, o Tribunal
Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) liberou o registro da candidata, também
por unanimidade, mas o adversário recorreu ao TSE.
O ministro Marco Aurélio Mello
manteve a decisão da Justiça Eleitoral do estado que concedeu o registro por se
tratar apenas de uma condenação administrativa e não penal. Por isso, Heloísa
Helena não poderia ser barrada pela ficha limpa. Lacerda foi multado pelo
TRE-AL por litigância de má-fé e teve que indenizar Heloísa Helena por
difamação caluniosa, injúria e danos morais. Os juízes do estado entenderam que
a ação proposta por ele teria tentado induzir a Justiça ao erro e não teria
"nenhum compromisso com a fidedignidade dos fatos".
Outro pedido de cassação de mandato
contra a vereadora Heloísa Helena foi arquivado em 24 de dezembro de 2009 pela
Câmara de Vereadores de Maceió. O arquivamento foi uma decisão unânime da
Comissão de Ética.
Campanha ao senado em 2010
Heloísa Helena não conseguiu
retornar em 2010 ao Senado. Heloísa obteve a terceira colocação entre dez
candidatos, com 16,60% da porcentagem total - expressivos 417.636 votos.
Durante a campanha, a ex-senadora não poupou os adversários de Brasília e
Alagoas aos quais afirmou estarem envolvidos em balcões de negociata, banditismo,
organizações políticas criminosas e vigarice política. Segundo ela, a reação do
outro lado foi igualmente violenta para impedi-la de retornar ao Senado.
Entre
os atropelos que teve de vencer, a dificuldade em ter acesso aos meios de
comunicação no Estado. Por isso, se preparou para pedir votos caminhando pelas
ruas de Maceió – o mesmo esquema que em 2006 tornou-a a 3ª candidata mais
votada na disputa presidencial com 6,85% dos votos válidos do País. Teve contra
si durante a campanha estadual 19 vereadores da capital, 27 deputados
estaduais, o governador, os 3 senadores, a grande maioria dos veículos de
imprensa e o esforço pessoal de um presidente da República que conta com 94% de
aceitação popular.
Segundo ela própria, soma-se a isto o fato de ter feito a
campanha mais barata entre os seus principais adversários, ter menos tempo de
TV e de ainda ter que enfrentar candidatos que foram criados com a única
intenção de atacá-la. Numa dura campanha Heloísa Helena foi massacrada por seus
adversários. Heloísa enfrentou do Presidente aos políticos locais. "Eles
tinham a obrigação de vencer." Disse a ex-senadora. O PSOL no entanto,
elegeu dois senadores: Randolfe Rodrigues no Amapá e Marinor Brito no Pará.
Terceira mais votada
A ex-senadora afirmou que foi feito
"um conluio de esquerda e de direita" na esferas federal e estadual
para derrotá-la. Heloísa Helena enfrentou uma campanha com fortes ataques de
seus adversários. "O PSDB agiu articulado com o governo Lula para me
derrotar", disse à Folha de São Paulo. O presidente Lula gravou mensagens
de apoio para 2 oponentes de seus principais, que acabaram eleitos: o pepista
Benedito de Lira, que foi um dos envolvidos no escândalo das ambulâncias
superfaturadas também conhecido como sanguessugas, 1° colocado eleito com
904.345 votos (35,94% dos válidos),e o peemedebista Renan Calheiros, que foi
Presidente do Senado Federal do Brasil de 2005 até 2007, quando renunciou ao
cargo, após várias denúncias de corrupção contra si polarizarem a opinião pública,
o 2° colocado reeleito com 840.809 votos (33,42% dos válidos).
Saída da presidência do PSOL
Em 20 de outubro de 2010, a mídia
anunciou o afastamento de Heloísa Helena da presidência nacional do PSOL. A
vereadora declarou que decidiu se afastar da presidência do partido devido ao
apoio deste à campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República[23] .
Porém, Heloísa deixa claro no comunicado que continuará na militância do PSOL.
(Na realidade, o PSOL só declarou
"apoio crítico" à Dilma Rousseff, afirmando que só optou por fazê-lo,
a fim de garantir a derrota da direita convencional representada na candidatura
de José Serra nas eleições gerais, e que iria continuar a se opor à política
centrista do governo do PT. Muitos membros do partido, incluindo o candidato
presidencial Plínio de Arruda Sampaio, optaram pelo voto nulo, recusando-se a
apoiar Rousseff.)
“Em respeito à nossa militância e
aos muitos dirigentes que tanto admiro e por total falta de identidade com as
posições assumidas nos últimos meses pela maioria das instâncias nacionais
(culminando com o apoio à candidatura de Dilma!) tenho clareza que melhor será
para a organização e estruturação do partido o meu afastamento e a minha
permanência como militante fundadora do P-SOL”, afirmou a vereadora na nota.
Heloísa Helena criticou as
alterações estatutárias promovidas pela direção do partido que, na prática, já
teria lhe afastado “de fato” da presidência da legenda. Por conta dessas
disputas internas e por ter sido eleita presidente do partido por uma chapa
minoritária, a vereadora optou pelo afastamento mantendo-se, apenas, como
militante. Afirmou Heloísa Helena em trecho da nota.
Rumores sobre saída do PSOL
Apesar de Heloísa Helena ter
deixado claro que permanece na militância do Partido Socialismo e Liberdade, da
qual é fundadora junto a outros membros, a imprensa especulou em 14 de setembro
de 2011 que ela deixaria a sigla para se coligar ao movimento político
suprapartidário de Marina Silva. A ex-senadora e atual vereadora por Maceió não
se pronunciou sobre o assunto e seu nome consta na lista nacional de afiliados
ao PSOL. Conforme a Rede Brasil Atual relatou, "a coligação caminha muito
mais pela vontade da ex-candidata a presidenta, Marina Silva, e da vereadora do
PSOL, Heloísa Helena, do que por aspirações de ambas as siglas".
Crise de Asma
Acompanhada de parentes e amigos, a
vereadora por Maceió, Heloísa Helena, foi internada na noite de terça-feira 30
de agosto de 2011, no Hospital Geral do Estado(HGE)[28] , no Trapiche da Barra
. Segundo informações passadas por médicos especialistas, a parlamentar teria
sofrido uma queda de pressão arterial.A assessoria de Heloísa Helena disse que
ela não tem convênio médico por "convicção". Medicada, fez diversos
exames que não constararam problemas. A vereadora e ex-senadora têm problemas
de hipertensão. De acordo a assessoria do hospital, a UDT (Unidade de Dor
Torácica), é espécie de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e ela foi
encaminhada ao local para ter mais privacidade, uma vez que sua presença no
local causou alvoroço entre funcionários e pacientes. O HGE é o hospital
público do Estado que atende urgências e emergências.
Historicamente, o PSOL é geralmente
positivo sobre a ex-União Soviética, descrevendo a Revolução de Outubro como
"o maior evento único que moldaram a política mundial no século 20".
O PSOL reconhece que a Nova Política Econômica de Lenin levou "a uma
re-polarização das classes sociais, especialmente no interior". O PSOL
culpa as reformas iniciadas por Mikhail Gorbachev para a queda da União
Soviética.
Heloísa Helena apoia o governo de Cuba, e ao mesmo tempo crítico do atual governo chinês, que vê a Revolução Chinesa favoravelmente. O PSOL também apoia a Revolução Bolivariana na Venezuela - um tema freqüente em sua revista. A legenda apoiou atividades que exigem a liberação do Cinco Cubanos - considerados presos políticos por partidários - e pediu a extradição de Luis Posada Carriles dos EUA.
Heloísa Helena apoia os direitos
das nações para a autodeterminação. A ex-senadora condenou o Estado de Israel e
seu papel no Oriente Médio. O PSOL também liderou manifestações contra a
invasão israelense do Líbano em julho de 2006 e apoia o direito de retorno para
o povo palestino
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