terça-feira, 16 de outubro de 2012

Heloísa Helena





Heloísa Helena Lima de Moraes Carvalho (Pão de Açúcar, 6 de junho de 1962) é uma enfermeira, professora e política brasileira. Atualmente exercendo mandato de vereadora por Maceió, capital do Estado do Alagoas.

Carreira política

Heloísa é ligada, desde muito jovem, aos movimentos sociais. Durante a década de 1990, participou no PT em Maceió, de ações que visavam à defesa de minorias e segmentos sociais menos favorecidos.
Candidata pela primeira vez em 1992, se elegeu vice-prefeita de Maceió na chapa do então governador Ronaldo Lessa (PSB). Dois anos depois, foi eleita deputada estadual, a primeira pelo PT em Alagoas.
Em 1996 rompeu com Lessa ao candidatar-se à Prefeitura de Maceió contra a então secretária da saúde do município, Kátia Born (PSB), que acabou eleita. Mesmo liderando as pesquisas desde o início do processo eleitoral, foi derrotada no segundo turno.
Formada em Enfermagem, é professora de Epidemiologia da UFAL (cargo do qual se licenciou por 14 anos, sem remuneração, para dedicar-se a funções políticas). Em março de 2007, após o término do seu mandato no Senado, reassumiu a função.

Senado

Aos 4 dias do mês de outubro de 1998 a candidata Heloísa Helena, então do PT, é eleita com 374.931 votos nominais ou seja, (22,537 % dos votos válidos), a primeira senadora mulher da República Federativa do Brasil em 1998 por seu estado natal, a assumir em 1º de janeiro de 1999. Heloísa derrotou e sucedeu o então senador de Alagoas Guilherme Palmeira do extinto PFL que obteve apenas 247.352 votos nominais, (14,868 % dos votos válidos).

Em julho de 2002, Heloísa se recusou a ter como vice um político do PL. Em protesto, acabou renunciando à candidatura ao governo de Alagoas. "O PL em Alagoas é formado por 'colloridos', moleques de usineiros e indiciados na CPI do Narcotráfico", declarou Heloísa Helena. De acordo com o campo majoritário do PT Nacional, foi em dezembro de 2003, após a vitória de Lula, que os protestos de Heloísa Helena adquiriram o tom de desobediência. Na ocasião, a então senadora se recusou a aprovar o nome de Henrique Meirelles para a presidência do Banco Central já que o PT prometia tomar outros rumos com relação a economia.


No Senado, além da postura radical, chamou atenção pelo seu figurino: calça jeans e camiseta branca, contrastando com a sisudez habitual da Casa. Na posse do presidente, um de seus últimos momentos de confraternização com a bancada, foi elogiada pelos colegas ao aparecer de vestido vermelho. Formou um grupo dissidente de esquerda às ações do Governo Lula, junto a outros parlamentares desta legenda (como os deputados Babá e Luciana Genro) que por não concordarem com as decisões ditas "neoliberais" do setor econômico do PT, passaram a votar contra as determinações do partido.

Saída do Partido dos Trabalhadores

Heloísa e demais militantes foram expulsos do PT em 14 de dezembro de 2003.

Tendo lutado veementemente contra a decisão do PT, a senadora teve ao seu lado a defesa do também senador Eduardo Suplicy. Após o fato, declarou:
"Eu não vou ficar chorando abraçada à bandeira do partido a que eu dediquei os melhores anos de minha vida para construir e que hoje comodamente me expulsa"

Fundação do PSOL

Heloísa Helena e outros ativistas políticos, juvenis, sindicais e populares, fundaram o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

O novo partido ganhou novas adesões em setembro de 2005. Isso foi causado, principalmente, pela crise política causada pelas denúncias de um esquema de pagamento a congressistas para votarem de acordo com os interesses do executivo (o escândalo do mensalão). Algumas centenas de militantes petistas de movimentos sociais e mais os deputados federais Ivan Valente e Orlando Fantazzini (SP), Maninha (DF), Chico Alencar (RJ) e João Alfredo (CE), ingressaram no PSOL.

Heloísa Helena daí converteu-se de uma apoiadora a uma crítica ao governo do PT, sobretudo diante das muitas denúncias de corrupção e desvios de verbas públicas, integrando as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) formadas. Em novembro de 2005, Heloísa Helena foi eleita pela revista Forbes Brasil como a mulher mais influente na política e no legislativo brasileiro. Um mês depois, a revista Isto É Gente a elegeu como Personalidade do Ano.

Em recente discurso na Câmara Municipal de Maceió, Heloísa Helena enfatizou que o PT frustrou as expectativas dos socialistas brasileiros, pois, há nove anos a legenda petista está no poder mas, não transformou o Brasil em uma Nação socialista. Heloísa também denunciou que o País vive a triste estimativa de dezesseis milhões de brasileiros vivendo em situação de pobreza extrema.

Heloísa também criticou a decisão do STF de jogar para 2012 a aplicação da Lei da Ficha Limpa.

Eleições presidenciais de 2006

Heloísa Helena, senadora eleita em 1998 pelo PT de Alagoas, disputou o cargo de presidente da república em 2006 pela Frente de Esquerda constituída por PSOL, PSTU e PCB, tendo sido a 3ª colocada com 6.575.393 votos (6,85% dos válidos) – uma enorme conquista do PSOL, o qual ficou à frente do tradicional e de maior porte PDT. A candidata, que havia aberto mão de concorrer novamente ao cargo de senadora, não aceitou o apoio financeiro de empresários, pois de acordo com ela, esta seria a origem da corrupção dos candidatos depois de eleitos.

Heloísa é a 3ª mulher que recebeu mais votos em uma campanha rumo à presidência do Brasil, atrás apenas de Marina Silva e Dilma Rousseff em 2010.

Durante a candidatura de Heloísa Helena, o partido obteve o apoio de personalidades como o cartunista Ziraldo (criador do slogan e do símbolo do partido). A candidatura foi apoiada também por um grupo de mais de 250 intelectuais do mundo inteiro, entre os quais o linguista estadunidense Noam Chomsky, o sociólogo franco-brasileiro Michael Löwy, o cineasta britânico Ken Loach e o filósofo esloveno Slavoj Zizek.

Resultado das eleições 2006

Heloísa Helena terminou as eleições presidenciais de 2006 em terceiro lugar. Obteve 6,5 milhões de votos (6,85% do total), ficando a frente de Cristovam Buarque, candidato do tradicional Partido Democrático Trabalhista (PDT). Ao término de seu mandato como senadora, reassumiu profissão como professora de enfermagem na UFAL até ser eleita vereadora de Maceió dois anos mais tarde..

Eleições 2008

Tendo obtido 6.575.393 votos na disputa presidencial de 2006, Heloísa Helena recomeçou a carreira política aos 46 anos candidatando-se à vereança de Maceió fazendo campanha nas ruas. Heloísa foi a vereadora mais votada de Maceió, com 29.516 votos (7,40% dos válidos).
A parlamentar presidiu a 1ª sessão da Câmara Municipal de Maceió em 2009, por ter sido a candidata mais votada. No 2° ano de seu mandato, tem atuado contra a corrupçãoe a favor de mais investimentos tanto na educação como na saúde de Maceió.

Eleições 2010

Pré-candidata à presidência da República

Em 2010, Heloísa Helena não se candidatou à presidência para tentar reconquistar sua cadeira no Senado. De acordo com pesquisa divulgada pela CNT/Sensus, Heloísa chegou a liderar a corrida rumo à presidência da República para 2010.

Especulações de apoio à Marina Silva

Quando a ex-ministra do meio ambiente do Governo Lula, Marina Silva, lançou-se candidata, houve especulação na mídia de que Heloísa poderia abandonar sua candidatura à presidência para formar uma coalizão com a verde. Conforme esta possibilidade era noticiada, os afiliados ligados a Heloísa Helena lançaram a pré-candidatura de Martiniano Cavalcante à presidência da República. Pondo fim às especulações de apoio ao PV. Analistas da cena política indicaram que um possível apoio à Marina, tiraria de Heloísa a pesada imagem de radical atribuída a ex-senadora pela imprensa. Na III Conferência Eleitoral do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio foi escolhido o candidato do partido à presidência. Assim sendo, Plínio de Arruda Sampaio foi o candidato presidencial do PSOL.

Perseguições políticas na pré-candidatura

Vereadora por Maceió, assim que lançou sua pre-disposição a concorrer a uma vaga na reeleição teve o registro questionado pelo concorrente Idelfonso Lacerda (PRTB) com base na Lei da Ficha Limpa.
Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) liberaram, por unanimidade, a candidatura de Heloísa Helena, que concorria a uma vaga no Senado por Alagoas. O candidato adversário afirmou que a ex-senadora teria sido condenada por omissão, sonegação e ocultação de rendimentos à Receita Federal, na época em que era deputada estadual. A candidata negou as acusações e desqualificou a impugnação.
No início de agosto, o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) liberou o registro da candidata, também por unanimidade, mas o adversário recorreu ao TSE.

O ministro Marco Aurélio Mello manteve a decisão da Justiça Eleitoral do estado que concedeu o registro por se tratar apenas de uma condenação administrativa e não penal. Por isso, Heloísa Helena não poderia ser barrada pela ficha limpa. Lacerda foi multado pelo TRE-AL por litigância de má-fé e teve que indenizar Heloísa Helena por difamação caluniosa, injúria e danos morais. Os juízes do estado entenderam que a ação proposta por ele teria tentado induzir a Justiça ao erro e não teria "nenhum compromisso com a fidedignidade dos fatos".

Outro pedido de cassação de mandato contra a vereadora Heloísa Helena foi arquivado em 24 de dezembro de 2009 pela Câmara de Vereadores de Maceió. O arquivamento foi uma decisão unânime da Comissão de Ética.

Campanha ao senado em 2010

Heloísa Helena não conseguiu retornar em 2010 ao Senado. Heloísa obteve a terceira colocação entre dez candidatos, com 16,60% da porcentagem total - expressivos 417.636 votos. Durante a campanha, a ex-senadora não poupou os adversários de Brasília e Alagoas aos quais afirmou estarem envolvidos em balcões de negociata, banditismo, organizações políticas criminosas e vigarice política. Segundo ela, a reação do outro lado foi igualmente violenta para impedi-la de retornar ao Senado. 

Entre os atropelos que teve de vencer, a dificuldade em ter acesso aos meios de comunicação no Estado. Por isso, se preparou para pedir votos caminhando pelas ruas de Maceió – o mesmo esquema que em 2006 tornou-a a 3ª candidata mais votada na disputa presidencial com 6,85% dos votos válidos do País. Teve contra si durante a campanha estadual 19 vereadores da capital, 27 deputados estaduais, o governador, os 3 senadores, a grande maioria dos veículos de imprensa e o esforço pessoal de um presidente da República que conta com 94% de aceitação popular. 

Segundo ela própria, soma-se a isto o fato de ter feito a campanha mais barata entre os seus principais adversários, ter menos tempo de TV e de ainda ter que enfrentar candidatos que foram criados com a única intenção de atacá-la. Numa dura campanha Heloísa Helena foi massacrada por seus adversários. Heloísa enfrentou do Presidente aos políticos locais. "Eles tinham a obrigação de vencer." Disse a ex-senadora. O PSOL no entanto, elegeu dois senadores: Randolfe Rodrigues no Amapá e Marinor Brito no Pará.

Terceira mais votada

A ex-senadora afirmou que foi feito "um conluio de esquerda e de direita" na esferas federal e estadual para derrotá-la. Heloísa Helena enfrentou uma campanha com fortes ataques de seus adversários. "O PSDB agiu articulado com o governo Lula para me derrotar", disse à Folha de São Paulo. O presidente Lula gravou mensagens de apoio para 2 oponentes de seus principais, que acabaram eleitos: o pepista Benedito de Lira, que foi um dos envolvidos no escândalo das ambulâncias superfaturadas também conhecido como sanguessugas, 1° colocado eleito com 904.345 votos (35,94% dos válidos),e o peemedebista Renan Calheiros, que foi Presidente do Senado Federal do Brasil de 2005 até 2007, quando renunciou ao cargo, após várias denúncias de corrupção contra si polarizarem a opinião pública, o 2° colocado reeleito com 840.809 votos (33,42% dos válidos).

Saída da presidência do PSOL

Em 20 de outubro de 2010, a mídia anunciou o afastamento de Heloísa Helena da presidência nacional do PSOL. A vereadora declarou que decidiu se afastar da presidência do partido devido ao apoio deste à campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República[23] . Porém, Heloísa deixa claro no comunicado que continuará na militância do PSOL.

(Na realidade, o PSOL só declarou "apoio crítico" à Dilma Rousseff, afirmando que só optou por fazê-lo, a fim de garantir a derrota da direita convencional representada na candidatura de José Serra nas eleições gerais, e que iria continuar a se opor à política centrista do governo do PT. Muitos membros do partido, incluindo o candidato presidencial Plínio de Arruda Sampaio, optaram pelo voto nulo, recusando-se a apoiar Rousseff.)

“Em respeito à nossa militância e aos muitos dirigentes que tanto admiro e por total falta de identidade com as posições assumidas nos últimos meses pela maioria das instâncias nacionais (culminando com o apoio à candidatura de Dilma!) tenho clareza que melhor será para a organização e estruturação do partido o meu afastamento e a minha permanência como militante fundadora do P-SOL”, afirmou a vereadora na nota.

Heloísa Helena criticou as alterações estatutárias promovidas pela direção do partido que, na prática, já teria lhe afastado “de fato” da presidência da legenda. Por conta dessas disputas internas e por ter sido eleita presidente do partido por uma chapa minoritária, a vereadora optou pelo afastamento mantendo-se, apenas, como militante. Afirmou Heloísa Helena em trecho da nota.


Rumores sobre saída do PSOL

Apesar de Heloísa Helena ter deixado claro que permanece na militância do Partido Socialismo e Liberdade, da qual é fundadora junto a outros membros, a imprensa especulou em 14 de setembro de 2011 que ela deixaria a sigla para se coligar ao movimento político suprapartidário de Marina Silva. A ex-senadora e atual vereadora por Maceió não se pronunciou sobre o assunto e seu nome consta na lista nacional de afiliados ao PSOL. Conforme a Rede Brasil Atual relatou, "a coligação caminha muito mais pela vontade da ex-candidata a presidenta, Marina Silva, e da vereadora do PSOL, Heloísa Helena, do que por aspirações de ambas as siglas".

Crise de Asma

Acompanhada de parentes e amigos, a vereadora por Maceió, Heloísa Helena, foi internada na noite de terça-feira 30 de agosto de 2011, no Hospital Geral do Estado(HGE)[28] , no Trapiche da Barra . Segundo informações passadas por médicos especialistas, a parlamentar teria sofrido uma queda de pressão arterial.A assessoria de Heloísa Helena disse que ela não tem convênio médico por "convicção". Medicada, fez diversos exames que não constararam problemas. A vereadora e ex-senadora têm problemas de hipertensão. De acordo a assessoria do hospital, a UDT (Unidade de Dor Torácica), é espécie de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e ela foi encaminhada ao local para ter mais privacidade, uma vez que sua presença no local causou alvoroço entre funcionários e pacientes. O HGE é o hospital público do Estado que atende urgências e emergências.


Assuntos internacionais

Historicamente, o PSOL é geralmente positivo sobre a ex-União Soviética, descrevendo a Revolução de Outubro como "o maior evento único que moldaram a política mundial no século 20". O PSOL reconhece que a Nova Política Econômica de Lenin levou "a uma re-polarização das classes sociais, especialmente no interior". O PSOL culpa as reformas iniciadas por Mikhail Gorbachev para a queda da União Soviética.


 Heloísa Helena apoia o governo de Cuba, e ao mesmo tempo crítico do atual governo chinês, que vê a Revolução Chinesa favoravelmente. O PSOL também apoia a Revolução Bolivariana na Venezuela - um tema freqüente em sua revista. A legenda apoiou atividades que exigem a liberação do Cinco Cubanos - considerados presos políticos por partidários - e pediu a extradição de Luis Posada Carriles dos EUA.
Heloísa Helena apoia os direitos das nações para a autodeterminação. A ex-senadora condenou o Estado de Israel e seu papel no Oriente Médio. O PSOL também liderou manifestações contra a invasão israelense do Líbano em julho de 2006 e apoia o direito de retorno para o povo palestino

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