sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Marcelo Freixo

Marcelo Ribeiro Freixo (Niterói, 12 de abril de 1967) é um professor e político brasileiro. Está no segundo ano do seu segundo mandato como deputado estadual fluminense pelo Partido Socialismo e Liberdade. É casado com a jornalista Renata Stuart.










ENTREVISTA DE MARCELO FREIXO AO RJ TV






Mandato parlamentar

Em março de 2009, assumiu a presidência da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa. O deputado atua ainda, desde o início do ano, como membro da Comissão de Cultura e como suplente da Comissão de Educação. Além disso, é vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, que apura crimes de que são acusados conselheiros e técnicos do Tribunal de Contas, assim como um deputado estadual e prefeitos do estado.
Marcelo Freixo foi presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito das Milícias, que visa a investigar a ligação de parlamentares com grupos paramilitares. Em 2008, protocolou pedido de cassação de mandato do então deputado Álvaro Lins, que acabou cassado no dia 12 de agosto.

Freixo também presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito do tráfico de armas, cujo relatório foi apresentado em 2011. Nessa época, a convite da Anistia Internacional, deixou o Brasil após sofrer uma série de ameaças de morte. Dois meses antes, a juíza Patrícia Acioli havia sido assassinada, baleada por uma arma pertencente ao Exército Brasileiro. O irmão de Marcelo Freixo, Renato, também foi assassinado a tiros, por milicianos, em julho de 2006, aos 35 anos de idade. 

Militância em direitos humanos

Antes de se eleger deputado estadual, Marcelo trabalhou como pesquisador da organização não governamental Justiça Global e como consultor do deputado federal Chico Alencar na área de direitos humanos. De 1993 a 1995, foi diretor do Sindicato dos Professores deSão Gonçalo e Niterói. Participou, como voluntário, no projeto de prevenção ao HIV - AIDS nas prisões do estado durante os anos de 1995 e 1996. Em quase 20 anos de trajetória, coordenou projetos educativos no sistema penitenciário. De 2001 a 2004, presidiu o Conselho da Comunidade da Comarca do Rio de Janeiro, onde exerceu papel fiscalizador dos direitos humanos nas carceragens e presídios do estado. Nestas gestões, legitimadas pelo voto direto, o conselho se transformou numa importante fonte de denúncias contra as arbitrariedades do governo do Rio de Janeiro.
Foi coordenador da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, durante o mandato de Chico Alencar. De 1999 a 2002, Marcelo e Chico tiveram atuação destacada na defesa dos direitos humanos. A comissão elaborou cartilhas, fiscalizou as ações do governo, trabalhou em rede com a sociedade civil organizada e denunciou violações contra mulheres, negros, homossexuais, idosos, presos e todos os segmentos historicamente discriminados. Também sempre esteve junto aoMovimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra na luta pela reforma agrária e contra o trabalho escravo no interior do Rio de Janeiro.

Freixo inspirou o personagem "Diogo Fraga", um professor de história e militante dos direitos humanos que se torna deputado estadual, do filme "Tropa de Elite 2", do diretor José Padilha.

Mudança para o PSOL

Filiado ao Partido dos Trabalhadores de 1986 a 2005, Marcelo sempre se posicionou junto ao campo da esquerda política e contra a aproximação do partido a setores populistas e liberais.
Em setembro de 2005, filiou-se ao Partido Socialismo e Liberdade, pelo qual foi eleito deputado estadual do Rio de Janeiro, nas eleições de 2006, com 13 547 votos. Foi o candidato mais votado pelo partido no Rio de Janeiro. Nas eleições de 2010, foi reeleito deputado estadual no Rio de Janeiro, pelo mesmo partido, com 177 253 votos, tendo sido o segundo candidato mais votado daquele ano, atrás somente de Wagner Montes, com 528 628 votos.

Candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro

Depois de muita especulação e expectativa em torno da possível candidatura do deputado Marcelo Freixo para prefeitura do Rio de Janeiro, a Executiva Estadual do Partido Socialismo e Liberdade anunciou o nome de Freixo como candidato a prefeito do Rio de Janeiro em 2012. Na composição da chapa, Freixo terá, como vice, o músico e compositor Marcelo Yuka, ex-baterista da banda O Rappa e conhecido por escrever canções de protesto contra a desigualdade social. Yuka ficou paraplégico há quase doze anos, depois de ser baleado ao tentar impedir um assalto na Tijuca.

Com pouco tempo de propaganda eleitoral na tv, Marcelo Freixo apostou nas redes sociais e nos jovens eleitores, e contou com o apoio da classe artística - entre eles, Chico Buarque, Caetano Veloso, Marcelo Serrado, José Padilha, Mano Brown, Wagner Moura, Frei Betto, Ivan Lins, Zé Renato, Luiz Eduardo Soares, Sandro Rocha, Giulia Gam, Tico Santa Cruz (líder do Detonautas Roque Clube), Leandra Leal e Dira Paes.

Após ter declarado em uma entrevista a TV, que se fosse prefeito daria subvenção a escolas de samba com contrapartida cultural e citando enredos patrocinados criou uma polêmica com agremiações carnavalescas que possuíam enredos patrocinados, como o caso do Salgueiro, que vai ter patrocínio da revista Caras.

Após obter cerca de 28% dos votos válidos, e a segunda colocação entre 8 candidatos, Freixo acabou fora do segundo turno.

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