por Wagner Coelho
O #MRL - Movimento Reflexão Libertadora, iniciou-se quando um policial militar teve a iniciativa de convidar outros amigos de farda que, assim como ele, criavam textos para provocar reflexão e transformação entre os policiais militares. Textos esses, que se confundiam entre os autores, tamanha era as semelhanças das ideias e afinidades entre os escritores.
O #MRL é um grupo ideológico e libertário, difere dos grupos político-partid ários e paramilitares. É defensor do Estado Democrático de Direito e rejeita o uso da violência física para alcançar seus objetivos.
No símbolo, existem três itens que devemos destacar para sua melhor compreensão:
1. A farda:
Geralmente quando vemos imagens de policiais fardados, eles estão em posturas de combate. O ser obediente e pronto para obedecer comandos sempre é sobreposto ao ser pensante. Na imagem do #MRL, o policial é um ser que pensa, sabe da sua importância no cenário das transformações sociais, no entanto, não perde as características do homem de combate, pronto para intervir assim que necessário.
2. A estátua “O pensador”, de Auguste Rodin:
O pensador está sentado, com o cotovelo direito sobre a coxa e a mão ao rosto, numa demonstração de reflexão. É isso que o #MRL pretende fazer com o policial militar. Fazer com que ele reflita de forma crítica sua posição na sociedade e na instituição, perceba o quanto é explorado e marginalizado num ambiente totalmente segregador, visualize as estratégias de manipulação e de divisão às quais está exposto e veja que o objetivo principal tem sido beneficiar grupos políticos que estão no poder em detrimento da grande massa de policiais que estão nas ruas para combaterem a criminalidade.
3. O braço erguido com mão fechada:
Na imagem, o policial está com o braço esquerdo erguido, mão fechada e vestindo uma luva preta. Esse símbolo foi usado nos movimentos dos negros, quando lutaram pelos direitos civis e políticos em todos os lugares onde havia segregação. Podemos citar os ícones Martin Luther King Jr. e Nelson Mandela, como referências para os policiais.
O policial ao refletir e se descobrir como uma pessoa altamente manipulada e explorada, deve levantar sua mão fechada e tomar uma postura de ação, passando a ser participativo, com voz ativa e atuante, na construção de uma Polícia mais eficiente no combate ao crime e que respeite de fato seus integrantes. O policial deve ser um protagonista e não mais um mero coadjuvante nos debates, onde houver uma reunião para tratar de Segurança Pública, ali deve estar também um representante da classe dos policiais. E a representativid ade legítima não é daqueles que ocupam cargos comissionado no governo, mas de líderes de entidades representativas de policiais, eleitos pelos seus pares.
Resumo:
A marca do movimento mostra bem suas influências. Como podem ver na figura, o policial está numa posição do corpo idêntica ao “Pensador”, seu braço está erguido, com a mão fechada, significando uma ação de resistência.
Ouvir, Refletir e se Libertar da escravidão mental.
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